segunda-feira, 27 de abril de 2009

PORTU-GEESE

"Portu-geese" foi uma palavra muito engraçada inventada por uns "brincalhões" ingleses - daqueles de terceira categoria que "perdem" os filhos pelos Algarves - há uns anos atrás para classificar "os tuga" (esta é "português" em língua de terceira). Devo dizer que a minha parte lusita se ressentiu um bocado; afinal, "quem não sente não é filho de boa gente" e ser tido por "ganso" desagradava-me, mesmo se o meu lado anglo-saxónico lhe achasse imensa piada.
Mas era uma piada irónica, amarga, porque, reconheça-se: Os "tuga" são uma cambada de "geese"!
Os gansos, para quem não tenha inclinação ornintológica, tendem a seguir um líder - normalmente a "mother goose" - e, como dizia um grande pensador, "as pessoas não votam nas políticas, votam contra quem lhes desagrada"; isto é, seguem a maioria.
"Portu-geese" são, afinal, todos aqueles que olham para o líder e não lhes questionam as atitudes, as manigâncias... os "canudos" tirados por fax aos Domingos.
Não questionam o tráfico de diamantes das Fátimas Roques que, espoliados aos angolanos, financiaram o PS que, governo ou mera força de poder, fazia seguir o dinheiro que comprava as armas para matar os espoliados - também, sem riquezas, já só lhes faltava ficarem sem as vidas.
Não questionam os negócios de Macau que, depois de devidamente ilibados na barra da "justicita" que é a dos "portu-geese", servem para criar zonas de laser para milionários em zonas onde a crítica falta de água não impede a rega de campos de golfe.
Não questionam "Freeports", BPPs ou BPNs porque têm a certeza de que aqueles que tinham algo a ganhar com isso já o fizeram, deixando a outros os cuidados de saberem, afinal, o que é que aconteceu ao seu dinheiro.
Não questionam como é que alguém, por ter sido acusado de pedofilia, sem passar pelo banco dos réus, por ser do PS, recebe uma indemnização choruda, quando outros que, sem provas sólidas de acusação mas meramente porque alguém (leia-se um juizeco de instrução) entende haver "uma convicção de provável culpa", são atirados para a frente de um colectivo que acaba por o absolver a nada têm direito... mas é a vida e manda quem pode e obedece que deve.
Deixam seguir sem margem para reparos uma fuga a um mandado judicial de uma Felgueiras arrogante, num país onde quem não tem dinheiro para comprar justiça é atirado para uma cadeia à espera de um julgamento que tarda.
Os "geese" seguem a "mother goose" porque lhes falha a inteligência para pensar e a vontade para a tentarem descobrir dentro de si mesmos (Ramalho, Eça, fiquem onde estão porque não haveria papel que chegasse para a enormidade da vossa crítica).
Se quiserem pensar, os "geese" podem começar por um exercício simples: Perguntem a Don António Santos ou a Don Mário Soares - ou ao seu homenzinho de confiança, il capo Macedo Santos, sempre tão solicíto na vénia que, agora, anda a tentar comprar e vender partidas de ouro para os amigos cabo-verdeanos doPS (os mesmos do Banco Insular) - onde pára o dinheiro que têm vindo a roubar desde 1974 à D. Maria Manuela Diaz-Bérrio, usando, quando necessário, uma tal Lurdes Pritty (não "pretty", for Heaven's sake, not with a face like that!) que se diz "filha de Isabel II", sabendo muitíssimo bem que, para usar uma formulação tão querida aos juristas "portu-geese", "cometem um acto ilícito, conformando-se com tal atitude".